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Fernando Henrique Cardoso |
Novo ocupante da cadeira 36, vaga após a morte de João de Scantimburgo, já escreveu 23 livros, e mais de 100 artigos acadêmicos.
Eram 11 candidatos mas sua eleição sempre foi dada como certa. Com apenas uma abstenção, sua candidatura não foi por unanimidade, já que dos 39 votos, 34 foram angariados pelo ex-presidente, e outros 4 foram em branco (O que na ABL significa: "Indiferente, tanto faz.").
Para a Globo, o Imortal falou:
“É o reconhecimento de tantas pessoas que têm pessoas de prestígio e importância, que contribuíram culturalmente. Os votos que eu recebi foram votos de reconhecimento à minha trajetória intelectual. Eu gostei imensamente do resultado”
Pensadores que inventaram o Brasil é o nome do mais recente trabalho de Fernando Henrique Cardoso, lançado na faixa de 35 reais nas principais livrarias do país. Nos dezoito textos, FHC dialoga com seus mestres sobre os temas recorrentes que unificam o volume - o embate entre Estado e sociedade civil, o legado da colonização, as vicissitudes da democracia, os entraves ao desenvolvimento econômico, a promoção da justiça social. Mas além da fina análise dos textos, sempre feita com grande verve narrativa, o ex-presidente contextualiza obras e autores, muitas vezes tratando do impacto pessoal que os últimos lhe causaram. De fato, em alguns casos, se trata de afinidades não somente intelectuais - por circunstâncias geracionais e entrecruzamento de vida, FHC se beneficiou do contato direto com vários dos autores cujas obras comenta no livro. É o que ocorre com Florestan Fernandes, de quem foi aluno e assistente antes de serem colegas e vizinhos de rua, assim como com Antonio Candido, também professor e mais tarde colega. Ou ainda Celso Furtado, com quem dividiu uma casa em Santiago nos breves meses em que o grande economista trabalhou na Cepal depois do golpe de 1964, e Caio Prado, que a exemplo de Florestan e Sérgio Buarque fez parte da banca de doutorado do futuro presidente, e com ele conviveu no final dos anos 1950 e inícios da década seguinte, quando era o inspirador da Revista Brasiliense, com a qual FHC colaborava, sem falar nas desventuras de militância ao redor do Partidão.
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