O Vento Pela Fechadura
Stephen King
Tradução de André Gordirro
Suma de Letras
Ficção Fantástica Norte-Americana
283 Páginas
2013 / 1° Edição
"O Ka é uma roda e sempre gira."
Este é o oitavo livro da Obra Máxima de Stephen King, "A Torre Negra", e não decepciona. Trata-se de um livro que na narrativa das histórias do Mundo Médio, conta uma história situada entre Mago e Vidro e Lobos de Calla. Especificamente, é exatamente após eles sairem do mundo de Oz fake, e entrarem no caminho para as Callas. Eles são atingidos por uma borrasca, uma tempestade poderosíssima que tem poder de congelar quem se encontrar no caminho dela em segundos.
O livro foi basicamente acidental, King queria criar uns três contos modernos e deu na telha dele de juntar tudo e inserir no Mundo Médio. Daí sai esta história que pode ser o A Torre Negra Vol. IV,5. (:p)
Não é necessário ler todos os livros da série antes de ler este, Stephen faz um resumão de 2 folhas das mais de 2 mil folhas da história completa, apenas para te situar no tempo e espaço do livro. Dá para ler, mas será majestosamente mais proveitoso se você conhecer a história, pelo menos até o livro 4.
O grande medo de todo mundo é realmente isso: Seria uma espécie de fan-fic feita pelo próprio escritor? Será que é apenas retalhos?
Muitos podem considerar que sim, mas não, não é.
Apesar de ser um retrocesso no tempo, e inclusive o livro não levar a lugar nenhum na história, já que após os fatos dele, um livro anterior a ele continua a narrativa, ele tem o poder de revelar um pouco mais sobre a vida do Pistoleiro, sua relação com sua mãe, e inclusive um pouco mais do seu relacionamento com seu pai, embora muito pouco.
O livro é dividido em duas partes:
Após fugirem da Borrasca, e encontrarem refúgio, Roland conta para seu ka-tet duas histórias. Uma de seu passado, chamada Trocapeles.
A história do Trocapeles é uma de suas primeiras missões como Pistoleiro (posterior às aventuras em Mejis, narradas em Mago e Vidro),
na época em que a bandeira de Gilead ainda estava de pé. Esta seção do
livro é dedicada ao horror. Roland e seu companheiro, Jamie DeCurry, são
mandados para Debaria, onde devem investigar e destruir uma ameaça que
tem dizimado os assustados habitantes do local.
É interessante, porque é um dos poucos momentos de todos os oito livros dessa série, que Stephen aborda o seu tema central: O MEDO. MONSTROS.
Em uma pausa dentro da própria narrativa desta sua missão, Roland conta a um menino, vítima do Trocapeles indiretamente, (o monstro matou seu pai) uma história que ele ouvia não muito tempo antes, da boca de sua mãe, O Vento Pela Fechadura.
Esta segunda parte é um conto de fadas. Nesta parte, o que predonima é a fantasia, no mesmo gênero que Os Olhos do Dragão.
Na trama, o garoto Tim precisa adentrar florestas escuras e enfrentar
vários perigos para obter algo que possa salvar um ente muito querido.
Claro, as semelhanças com O Talismã e The Girl Who Loved Tom Gordon não devem passar despercebidas, mas a execução da história em si é completamente diferente.
Stephen King disse que tenta nesta segunda parte entrar no clima de The Hobbit, e ele, salvo todas as diferenças entre escritores, consegue um clima muito bom.
Em seguida, Roland volta e conta o desfecho de sua aventura, e com o término da borrasca, eles voltam para a estrada.
Eu dei nota 5 não porque o livro é indispensável, mas ele é perfeito para se ler em uma tarde só. Relembrar as crises de Detta Walker, as piadas de Eddie, o garoto Jake e seu trapalhão Oi e Roland de Gilead, não teve preço. Um presentão.
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domingo, 7 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
[NOTÍCIA] Fernando Henrique Cardoso é novo imortal da ABL
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Fernando Henrique Cardoso |
Novo ocupante da cadeira 36, vaga após a morte de João de Scantimburgo, já escreveu 23 livros, e mais de 100 artigos acadêmicos.
Eram 11 candidatos mas sua eleição sempre foi dada como certa. Com apenas uma abstenção, sua candidatura não foi por unanimidade, já que dos 39 votos, 34 foram angariados pelo ex-presidente, e outros 4 foram em branco (O que na ABL significa: "Indiferente, tanto faz.").
Para a Globo, o Imortal falou:
“É o reconhecimento de tantas pessoas que têm pessoas de prestígio e importância, que contribuíram culturalmente. Os votos que eu recebi foram votos de reconhecimento à minha trajetória intelectual. Eu gostei imensamente do resultado”
Pensadores que inventaram o Brasil é o nome do mais recente trabalho de Fernando Henrique Cardoso, lançado na faixa de 35 reais nas principais livrarias do país. Nos dezoito textos, FHC dialoga com seus mestres sobre os temas recorrentes que unificam o volume - o embate entre Estado e sociedade civil, o legado da colonização, as vicissitudes da democracia, os entraves ao desenvolvimento econômico, a promoção da justiça social. Mas além da fina análise dos textos, sempre feita com grande verve narrativa, o ex-presidente contextualiza obras e autores, muitas vezes tratando do impacto pessoal que os últimos lhe causaram. De fato, em alguns casos, se trata de afinidades não somente intelectuais - por circunstâncias geracionais e entrecruzamento de vida, FHC se beneficiou do contato direto com vários dos autores cujas obras comenta no livro. É o que ocorre com Florestan Fernandes, de quem foi aluno e assistente antes de serem colegas e vizinhos de rua, assim como com Antonio Candido, também professor e mais tarde colega. Ou ainda Celso Furtado, com quem dividiu uma casa em Santiago nos breves meses em que o grande economista trabalhou na Cepal depois do golpe de 1964, e Caio Prado, que a exemplo de Florestan e Sérgio Buarque fez parte da banca de doutorado do futuro presidente, e com ele conviveu no final dos anos 1950 e inícios da década seguinte, quando era o inspirador da Revista Brasiliense, com a qual FHC colaborava, sem falar nas desventuras de militância ao redor do Partidão.
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